27 de fevereiro de 2018

Hora da Leitura_Mês de fevereiro_Biografia_Martinho da Vila


Hora da Leitura - FEVEREIRO
Biografia Martinho da Vila

      Dando início ao desenvolvimento do Projeto de Leitura Escolar (PLE) 2018 Na minha escola todo mundo é bamba: todo mundo lê, mesmo quem não samba, a Hora da Leitura do mês de fevereiro traz a Biografia de Martinho da Vila. Ação que se propõe que toda a escola, naquele momento, esteja envolvida para conhecer o grande homenageado de 2018


Martinho da Vila: 
vida e obra de um sambista e escritor carioca

Martinho José Ferreira (Duas Barras RJ 1938). Compositor, cantor, ritmista, produtor, escritor. Filho de lavradores, nasceu em uma fazenda do interior fluminense mudando-se com os pais para a cidade do Rio de Janeiro com 4 anos. Criado no subúrbio carioca, se interessa pelo samba e passa a compor para a escola Aprendizes da Boca do Mato entre 1958 e 1964. Paralelamente, trabalha como contador e datilógrafo, funções que desempenha no Exército entre 1956 e 1969.
O nome Martinho da Vila está relacionado com a ligação que estabelece em meados dos anos 1960 com a escola de samba Unidos de Vila Isabel, tornando-se o principal compositor e autor de enredos dessa agremiação. Inscreve-se nos festivais da TV Record em 1967 e 1968, respectivamente com os sambas Menina Moça, uma das músicas finalistas, e Casa de Bamba, gravado em seu primeiro LP, Martinho da Vila, de 1969.
Graças ao grande sucesso alcançado nos anos 1970, Martinho da Vila se torna um dos principais representantes do samba e da popularização do partido-alto, variante que, embora gravada desde os anos 1930 por artistas como Noel Rosa, fica quase sempre circunscrita às rodas de samba do subúrbio carioca. Depois de uma turnê em Angola em 1972, desperta seu interesse pelas ligações históricas entre as culturas africanas e afro-brasileiras, engajando-se na luta pela afirmação da identidade negra e defesa da igualdade racial, temas constantes em suas canções e em livros de sua autoria, como Kizombas, Festas e Andanças (1992), Ópera Negra (2001), Memórias Póstumas de Tereza de Jesus (2002).
Em 1980, Martinho da Vila participa da organização de shows de artistas brasileiros em Angola e traz artistas desse país para realizar no Brasil o show Canto Livre de Angola, gravado em 1983 em um LP produzido por ele. Nessa época, integra sua família à banda, incentivando a carreira da filha Mart'nália. Em 1988, ano do centenário da abolição da escravidão no Brasil, cria o enredo Kizomba, Festa da Raça, dos compositores Rodolfo, Jonas e Luiz Carlos, com o qual a Unidos de Vila Isabel conquista o inédito título de campeã do Carnaval carioca.
Nos anos seguintes, dedica-se à gravação de novos discos de estúdio como Martinho da Vida (1990), Tá Delícia, Tá Gostoso (1995), Lusofonia (2000) e o Do Brasil e do Mundo (2007), e DVDs de shows, como Conexões (2004) e Brasilatinidade (2005), cujos repertórios incluem obras de artistas de outros países de línguas portuguesa e espanhola. Em 2009 é lançado Filosofia de Vida: O Pequeno Burguês, documentário sobre a vida de Martinho da Vila dirigido por Edu Mansur.
 A crítica política e social é recorrente na obra de Martinho da Vila e geralmente está relacionada com os temas da discriminação racial, da afirmação da cultura negra e das más condições de vida dos habitantes das favelas e das periferias das grandes cidades. Em Assim Não Zambi (1979), ele denuncia a situação dos afrodescendentes brasileiros, sujeitos à miséria e à repressão injusta da polícia. Meu Homem, gravada por Beth Carvalho em 1988, tematiza a luta de Nelson Mandela contra o apartheid, regime oficial de segregação racial que vigora na África do Sul até o início dos anos 1990, tema que será retomado em Kizomba, Festa da Raça (1988), cujos autores são Jonas, Rodolpho e Luís Carlos da Vila, samba-enredo que exalta a luta dos negros pela liberdade.
(Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural. – Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa6334/martinho-da-vila)



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Hora da Leitura - MARÇO
Mulheres (Martinho da Vila)

Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades, de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei

Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada, do tipo vivida
Casada carente, solteira feliz
Já tive donzela e até meretriz

Mulheres cabeça e desequilibradas
Mulheres confusas, de guerra e de paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida, a minha vontade
Você não é mentira, você é verdade
É tudo o que um dia eu sonhei pra mim

Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades, de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei

Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada, do tipo vivida
Casada carente, solteira feliz
Já tive donzela e até meretriz

Mulheres cabeça e desequilibradas
Mulheres confusas, de guerra e de paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida, a minha vontade
Você não é mentira, você é verdade.
É tudo o que um dia eu sonhei pra mim

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida, a minha vontade
Você não é mentira, você é verdade
É tudo o que um dia eu sonhei pra mim





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