3 de junho de 2010

Comunicação II


Texto:Hipóteses da origem das línguas
 Podemos supor que a comunicação surgiu quando o ser humano sentiu a necessidade de trocar informações sobre algum perigo ou para “combinar” uma estratégia de caça.
Há informações de que o gênero humano apareceu na Terra há cerca de quatro milhões de anos, mas a linguagem, tal como a concebemos, surgiu há apenas quarenta mil anos. Antes disso, apesar de os homens trocarem algumas informações essenciais, não conseguiam exprimir com clareza seus sentimentos, contar o que havia ocorrido nem planejar ações futuras.
Vamos pensar num exemplo: imagine a dificuldade de um homem primitivo ao tentar explicar para seu companheiro de tribo que havia visto, atrás da montanha, um bisão e que seria interessante, caçá-lo, sendo que, para tal, deveriam aproximar-se um de cada lado a fim de evitar a fuga do animal. Como não possuíam nenhuma linguagem mais elaborada, acabavam apelando para a mímica acompanhada de grunhidos. É claro que a comunicação carecia de clareza!
Com o tempo, os homens foram evoluindo fisicamente em vários aspectos, inclusive aumentando a capacidade craniana e, conseqüentemente, o nível da linguagem. Começaram a estabelecer códigos que possibilitaram a eficiência da comunicação. Podemos assim pensar em vários códigos usados por seres humanos, como aqueles feitos através do som, de imagem, de símbolos e de gestos. Para que estas formas de comunicação tenham significado é preciso que o emissor (quem manda a mensagem) e o receptor (quem recebe) conheçam o mesmo código.
      A linguagem verbal, a da palavra, foi a mais aprimorada pelo ser humano, apesar de ser auxiliada por outros tipos de linguagem. Observe sua professora dando aula: ela utiliza mais a linguagem verbal, sem excluir os gestos (linguagem gestual), a mudança de fisionomia... Tente imaginar-se contando um fato ocorrido no seu dia-a-dia sem utilizar as mãos e sem alterar a fisionomia; sua história iria ficar pouco expressiva.
Assim como as linguagens surgiram da necessidade prática de os homens se comunicarem, a linguagem escrita surgiu da necessidade de registrar essa comunicação. 
      A primeira manifestação de linguagem escrita apareceu na Mesopotâmia, região entre os rios Tigre e Eufrates, inventado pelo povo sumério. Essa escrita recebeu o nome de “cuneiforme”, pois tinha a forma de cunha (instrumento usado por escultores para desgastar a pedra). Como não tinham papel, registraram as informações na argila.
Os egípcios também inventaram uma linguagem escrita para organizar o recolhimento de impostos e registrar as mensagens dos deuses. Os chineses utilizam símbolos chamados ideogramas para representarem as idéias.
O primeiro alfabeto surgiu na Fenícia, em 1500 a. C., e tinha letras só para consoantes. Os gregos adaptaram o alfabeto fenício e introduziram as vogais. Quando dizemos “alfabeto”, estamos pronunciando as duas primeiras letras  do alfabeto grego: alfa e beta. O nosso alfabeto nasceu do alfabeto grego e ainda hoje guarda algumas semelhanças.
Todos os países de língua portuguesa, espanhola, italiana, inglesa, francesa e alemã usam o mesm alfabeto que nós, mas há ainda muitos outros tipos de escrita, como a russa, a japonesa e o árabe. Além da diferença no próprio alfabeto, também há variações na direção da escrita. Os japoneses escrevem me linhas verticais, de cima para baixo e da direita para a esquerda. Os árabes escrevem em linhas horizontais como as nossas, mas da direita para a esquerda.
(Cleuza V. B. Bourgogne e Lilian Santos  Silva)




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